O mercado de milho na B3 de São Paulo fechou de inalterado para alta, nesta sexta-feira, descolando-se de Chicago e do aumento de estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. No entanto, o preço ainda impulsionado pela escassez de produto nos dois estados do Sul, apesar da colheita e dos washouts gaúchos, insuficientes para atender a demanda.
“Com isto, a cotação de março fechou inalterada no dia, mas em alta de R$ 0,68 na semana a R$ 86,66; a de maio avançou R$ 0,66 no dia e R$ 1,63 na semana para R$ 85,96 e a de julho avançou R$ 0,76 no dia e R$ 2,18 na semana para R$ 80,09”, comenta a consultoria.
Mesmo com o aumento da disponibilidade nos estados do Sul, com a colheita da safra de verão e dos washouts feitos com alguns lotes de exportação do RS, que estão fazendo as cotações andarem de lado em fevereiro, como mostra nosso gráfico ao lado, os fundamentos de longo prazo estejam ainda indicando viés de alta. “O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a fincar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes”, completa.
“Uma explosão de lucro no final da semana reduziu os ganhos iniciais, por tomada de lucros, dos futuros do milho em Chicago na sexta-feira, uma vez que o otimismo inicial gerado pelo USDA que levantou a tampa em sua projeção para 2021/22, foi compensado por números ligeiramente decepcionantes de vendas líquidas dos EUA. No fechamento, março estava $ 0,07/bu mais baixo, para $ 5,43/bu, com maio – cada vez mais o foco para a liquidez – em $ 5,42/bu, caindo pouco mais de $ 0,06/bu”, conclui.
Fonte: Agrolink