SÃO PAULO (Reuters) – A Kepler Weber, empresa líder no Brasil na produção de silos para grãos, vê grande oportunidade de negócios no país, que terá um déficit de armazenagem de mais de 100 milhões de toneladas no ano que vem, caso se confirme a expectativa de safra recorde em 2021/22.
A projeção de déficit considera a perspectiva de uma safra recorde de 297 milhões de toneladas e uma capacidade de armazenagem de 183 milhões de toneladas, conforme números apresentados pelo presidente-executivo da Kepler, Piero Abbondi, durante evento para investidores.
“A Kepler está estrategicamente posicionada para atender a demanda reprimida do setor de pós-colheita”, disse o executivo, citando o déficit de armazenagem.
Em 2021, o déficit de armazenagem somou 76 milhões de toneladas, em ano em que a safra de grãos, especialmente de milho, sofreu uma queda acentuada por conta da seca e geadas.
“O Brasil está longe de poder estocar uma safra”, acrescentou Abbondi, lembrando que outros importantes produtores, como os Estados Unidos, têm essa condição.
A projeção é de que o déficit de armazenagem seja crescente na próxima década, podendo atingir 276 milhões de toneladas em 2031, caso a produção de grãos cresça para mais de 500 milhões de toneladas, conforme projeção apresentada.
Para o segundo semestre, o CEO ressaltou que a Kepler está com carteira de pedidos “bastante robusta”, e as condições de mercado “são boas”, com expectativa de o produtor expandir a colheita em 2021/22 na esteira de preços favoráveis de commodities.
“Estamos bastante otimistas em relação a 2022”, comentou.
Fonte: Notícias Agrícolas