A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) concluiu as estatísticas de 2021 do complexo soja, e confirmou que no ano passado o Brasil colheu a maior safra da sua história, 138,9 milhões de toneladas, que resultou em recordes de 86,1 milhões de toneladas exportadas e em 47,8 milhões de toneladas processadas. Este esmagamento, 2% superior a 2020, refletiu em produção e venda recordes do farelo de soja. A quantidade produzida alcançou 36,8 milhões de toneladas, das quais 52% destinaram-se ao abastecimento do mercado nacional (19,2 milhões de toneladas) e 17,2 milhões à exportação, além da formação de estoque.

No caso do óleo de soja, o destaque coube à exportação. Ela desempenhou papel fundamental para absorver parte do óleo inicialmente destinado à produção de biodiesel. A redução da mistura obrigatória do biodiesel ao diesel fóssil pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, contrária ao legalmente previsto para o ano, frustrou a demanda doméstica pelo óleo de soja, hoje a principal matéria-prima do renovável. Como resultado, enquanto o consumo interno de óleo caiu 6% sobre 2020, a exportação cresceu quase 50% no período.

Safra 2022

Para 2022, a ABIOVE estima novo recuo da venda doméstica de óleo de soja para 7,9 milhões de toneladas, o mesmo patamar registrado em 2019, em função da manutenção da mistura do biodiesel ao diesel fóssil em 10% (B10) ao longo do ano. Devido principalmente ao menor consumo doméstico, a entidade projeta estoque de passagem recorde para 2023, em mais de 600 mil toneladas. A exportação e a produção seguem sem mudanças sobre as estimativas anteriores em, respectivamente, 1,7 e 9,7 milhões de toneladas.

Fonte: Agrolink

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