O ano de 2020 registrou o recorde de preços nominais e reais do milho no mercado brasileiro, com o indicador Esalq/BM&F superando a barreira de R$ 80,00/saca no segundo semestre, segundo as informações que foram divulgadas pelo Rabobank. A instituição publicou um novo relatório de oferta e demanda do agronegócio brasileiro.
“No mercado internacional, após quase tocarem os USD 3/bushel e atingirem os menores patamares em 12 anos, os preços do milho em Chicago (CBOT) tiveram forte escalada rompendo a barreira dos USD 4,20/bushel. Após um bom início, o desenvolvimento das lavouras americanas acabou sendo prejudicado pelo clima e, após perspectivas preliminares de que poderiam superar a barreira dos 400 milhões de toneladas, os EUA colheram 368,4 milhões de toneladas de milho em 2020. Por outro lado, apesar da demanda de milho pela indústria de etanol americana ter sido negativamente impactada pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19, as exportações do cereal devem ter expressivos aumentos na safra 2020/21 no comparativo com o ciclo anterior (de 45,2 milhões de toneladas para 65,4 milhões de toneladas”, comenta.
Como pontos de atenção, o banco cita que as exportações brasileiras em 2021 vão depender da disponibilidade referente à produção da safra 2020/21. “A manutenção do real desvalorizado beneficiaria a competitividade do milho brasileiro e, dada a forte demanda internacional, especialmente da China, o Rabobank estima que as exportações poderiam atingir 37 milhões de toneladas em 2021”, completa.
“Os níveis de paridade de exportação devem seguir suportados por Chicago (CBOT), onde o Rabobank estima que as cotações tendem a ficar entre USD 4,30 e USD 4,50/bushel em 2021”, conclui.
Fonte: Agrolink