A disputa entre exportação e mercado interno acabou fazendo o milho passar dos R$ 104,00 para maio/22 na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Nesta sexta-feira, a B3 seguiu refletindo os efeitos internacionais da demanda em função da guerra na Ucrânia, e as cotações demonstram altas expressivas”, comenta.

“Traders no mercado internacional avaliam que o avanço de tropas russas na Ucrânia tem diminuído esperanças de que os produtores de milho no país sejam capazes de cultivar com sucesso e comercializar uma safra viável este ano. A Ucrânia é o 4º maior produtor do cereal no mundo. Este conflito aumentou muito a demanda de milho para exportação no Brasil (estima-se que pelo menos 650 mil tons foram negociadas na semana), disputando preços com o mercado interno”, completa a consultoria.

Em Chicago o milho fechou em alta, por redução da oferta. “A cotação do milho para março22 fechou em alta de 0,83% ou 6,25 cents/bushel a $ 757,25. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 2,03% ou $ 14,25 cents/bushel a $ 717,75”, indica.

“Aumento generalizado de cereais devido à especulação sobre a menor oferta disponível para o conflito do mercado de exportação na Ucrânia. O reposicionamento dos fundos especulativos gerou maiores aumentos nas posições futuras. A demanda se desloca para os EUA, Argentina e Brasil. As chuvas na América do Sul favorecem o ciclo produtivo, embora na Argentina se espere uma queda na produtividade do milho precoce”, conclui.

Fonte: Agrolink

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